quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Viver e morrer por um plano de negócios!...


Poucos empresários têm um plano de negócios. E como diz o provérbio “se falhas em planear, planeias falhar.” Outros dizem que o têm na cabeça, mas entre tê-lo na cabeça ou fechado numa gaveta, ou prefiro a segunda: pelo menos demo-nos ao trabalho de o pensar e por no papel.
Se não tiver um sólido plano de negócios escrito e pensado para gerar um lucro, que vá acompanhando ao longo do ano, não se preocupe em vir trabalhar porque a probabilidade de fracassar é elevadíssima.  Se não tiver um plano de negócios, vai andar sempre a trabalhar para pagar as despesas, porque estas vão ser a sua única referência concreta.
O que eu ensino nos meus cursos e sugiro aos meus clientes é uma forma um pouco diferente de fazer as coisas. Eu defendo um planos de negócios “lucros primeiro”. O que quero dizer com isto é que os empresários, nas PME, devem tornar-se fanáticos por viver por plano de negócios “lucros primeiro”.
Num plano “lucros primeiro” a primeira coisa a decidir é quanto vamos lucrar no exercício em causa. De seguida vemos qual é a margem de lucro que geram as melhores empresas da nossa indústria. Projectamos para nós essa margem. E isso leva-nos ao volume de vendas necessário. A diferença entre as vendas e o lucro projectados vai indicar-nos os limites para a construção do nosso orçamento.
É este plano que deve depois ser disciplinadamente monitorizado. Privilegiando sempre os lucros. Se as vendas baixam temos obrigatoriamente de ajustar os custos para ir defendendo o lucro. Caso contrario a empresa estará a engordar.
Se definirmos um objectivo de lucro claro, mantivermos o orçamento sobre monitorização apertada e ensinarmos os gestores a manter toda a gente responsabilizada pela sua execução e em permanente prestação de contas então o lucro começa a materializar-se.
Quando temos um bom plano e monitorizamos os nossos dados semanais e/ou mensais contra esse plano expomos todas as fugas... e depois há que secá-las. Cortar e voltar a cortar.
Lembre-se de que pela lei de Parkinson, as nossas despesas crescerão sempre até se equipararem com as nossas receitas. É por isso que, para ser gerado, o lucro tem de ser defendido.
Quando começar a gerir a sua empresa segundo este tipo de plano, vai perceber que todos os desvio e fugas são imediatamente expostos. Acaba a negação porque a realidade fica na frente dos nossos olhos e os ajustamentos tornam-se inequívocos. Assim deixamos de nos iludir mesmo que o volume de vendas possa manifestar grandes crescimentos.

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