quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sistema de Activação Reticular

Treine a sua mente.

O Sistema de activação reticular é uma parte do nosso cérebro, que funciona como a bússola do mesmo. Lembra-se do último carro que comprou e de, de repente, começar a reparar numa série de carros da mesma marca? O nosso cérebro tem uma capacidade incrível de encontrar e criar tudo aquilo em que nos focalizamos. O cérebro encontrará provas de que a terra é plana, se assim o desejar. Por outras palavras, a sua atenção determina a sua direcção. O que é que acontece quando diz a si próprio para não se esquecer de algo? Pois, normalmente esquece-se. Experimente dizer a si próprio para se lembrar… É verdade! O resultado vai ser completamente diferente.
Quantas pessoas conhece, que vêm ameaças em todo o lado? Para quem o copo está sempre meio vazio? Mas outras há, que têm a característica exactamente contrária. Onde os outros encontram ameaças, eles detectam oportunidades.

Nos negócios é igual. Terá de trabalhar duro, se se convencer disso. Nunca encontrará colaboradores de qualidade, se for nisso em que acreditar. E poderá encontrar ameaças e oportunidades em toda a parte. Lembre-se de se mover em direcção ao que pretende, em vez de fugir do que teme.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Alavancagem

Acabámos o último artigo, há 15 dias, falando de alavancagem. Alavancagem é, na minha opinião, a derradeira chave para o sucesso empresarial.

Milhões de pessoas trabalham duramente todos os dias, mas poucas vêem de facto crescer o seu retorno, de uma forma significativa.

O objectivo, enquanto Empresários, não é trabalhar duro. O nosso objectivo enquanto Empresários é maximizar o nosso retorno, procurando constantemente novos caminhos para criar cada vez mais valor, investindo cada vez menos recursos. Ou seja, alavancar! Alavancar o seu tempo, os seus esforços, o seu dinheiro, o seu conhecimento.

Enquanto trabalhamos para terceiros, temos um determinado valor à hora, pelo que só podemos aumentar o nosso retorno, aumentando o número de horas que trabalhamos, ou investindo em nós próprios, de forma a aumentarmos o nosso preço por hora. Qualquer uma destas soluções é muito pouco alavancada, no sentido em que o potencial de aumento é muitíssimo lento e limitado. Quando montamos uma empresa, temos a possibilidade de sermos remunerados pelas nossas horas de trabalho, mas também pelas dos outros. Se construímos uma boa empresa, somos remunerados mesmo sem fazer nada. Isto é a alavancagem na sua forma mais pura. Enquanto empregados fazemos dinheiro, quando montamos o nosso negócio, se as coisas correrem bem, fazemos mais dinheiro, mas quando levamos as coisas mais longe e nos tornamos donos de empresas e/ou investidores, passamos a receber dinheiro (deixamos de ter de o fazer).

O nosso objectivo derradeiro, enquanto Empresários é, acima de tudo, criar uma corrente de rendimentos que flua, quer trabalhemos, quer não. Uma corrente de rendimentos passivos.

Quando montamos a nossa empresa e as coisas não nos correm bem, normalmente o que fazemos é trabalhar ainda mais duro para que corram melhor. Cortamos custos, reduzimos pessoal e chamamos mais e mais responsabilidades a nós mesmos. O problema é que raramente isto resolve o que quer que seja. Mais vale tirarmos algum tempo para levantar a cabeça e olhar à nossa volta.

O que acontece é que, se trabalhamos duro, é porque a nossa empresa não trabalha. O que é um negócio que trabalha? Imagine um negócio em que o empresário não tenha de trabalhar, mas em que tudo funciona bem no sentido de proporcionar ao proprietário, ao cliente, aos fornecedores e aos colaboradores, o resultado que cada um deles deseja.

A questão é que a maior parte dos empresários não consegue resistir à tentação de se envolver directamente nas operações, porque não confiam em mais ninguém para fazer o trabalho. Acreditam que, por qualquer razão, ninguém consegue fazer o trabalho melhor do que eles próprios. Depois, controlam toda a informação do negócio na sua cabeça, são as únicas pessoas que podem fazer tudo e como tal são apanhados na sua própria armadilha.

Como é que se resolve então esta questão? Basicamente através de sistemas.

Sistematizando todas as tarefas que seja possível sistematizar no negócio. Fazer a tarefa uma vez e documentar o procedimento, para que outros o possam fazer, com o mesmo nível de qualidade. Isto é alavancagem! Quantas vezes escrevi este artigo? Quantas vezes e por quantas pessoas pode ele ser lido? Quantas horas perderia eu, para comunicar pessoalmente a cada um dos leitores as minhas ideias? Isto é alavancagem! Fazer as coisas uma vez e deixar condições para que outros beneficiem desse trabalho.

Todos os grandes Líderes são bons a delegar! Se tem ou quer ter o seu negócio, trate de se mentalizar de que deve preparar-se para delegar tarefas.

Ah! E já agora, quando delegar uma tarefa, deixe de facto que as pessoas a tentem executar até ao fim. Se resolver salvá-los dos erros, o que vai acontecer é que eles nunca vão aprender a executar correctamente. Lembre-se de que aprendemos a andar caindo e que não há outra forma de o fazer. Se punirmos o erro constantemente, somos nós que tornamos os nossos colaboradores inaptos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A diferença entre construir um negócio e comprar um emprego…

Há duas semanas atrás, jantei com uns antigos colegas de MBA e tivemos uma conversa bastante interessante. Alguns de nós havíamos montado as nossas próprias empresas e aproveitámos para discutir o impacto que isso tinha tido nas nossas vidas. Quase todos os meus colegas, que haviam tomado esta opção, testemunhavam que estavam a ganhar menos do que quando trabalhavam por conta de outrem e que tal facto teria como consequência, um decréscimo da qualidade de vida familiar, pois para além disso, não trabalhavam menos que antes.

Foi uma reflexão muito interessante: Como é que uma série de gente brilhante, com vários anos de experiência e qualificações académicas deste nível, vive o mesmo problema que é vivido pela maior parte dos empresários? O seu negócio não lhe permite melhorar o seu nível de vida!

Se é esta a experiência da esmagadora maioria dos Empresários e se a isto acresce que em cerca de 80% dos casos, o negócio não sobrevive sequer 5 anos, porque é que ainda há gente a pretender montar as suas próprias empresas?

Daquilo que tenho visto durante muitos anos, a motivação principal de quem se estabelece por conta própria é a liberdade. A expectativa é de que essa liberdade venha sobre a forma de mais dinheiro e mais tempo livre. No entanto, aquilo que de facto acontece na maior parte dos casos, é exactamente o contrário: - Em vez de dirigir as suas empresas os Empresários acabam dirigidos por elas. Acabam por comprar um emprego.

Talvez por isso, a maior parte das pessoas prefere continuar por conta própria, o principal argumento é de que o risco de termos a nossa própria empresa é muito elevado. Também não estou de acordo com esta perspectiva. Quando trabalhamos para alguém, temos apenas um patrão, se por qualquer razão ele deixa de contar connosco (e isto acontece com mais frequência do que muitas vezes se pensa), ficamos sem nada. Enquanto empresário, posso ter todos os clientes que conseguir encontrar, mesmo que metade deles me deixem de comprar, continuo a ter a outra metade. Enquanto Empresário tomo o meu futuro nas minhas mãos, vivo com os resultados daquilo que faço.

O que é um negócio?!...

Antes de avançarmos para a montagem do nosso negócio, acredito que temos de compreender o que é, de facto, um negócio. Tenho como verdade que um negócio é uma empresa comercial, rentável, que trabalha sem o proprietário. Se não trabalhar sem o proprietário não é um negócio, é um trabalho. É fundamental compreendermos que se o negócio precisa de nós para funcionar, só poderá crescer até ao limite do tempo disponível na nossa agenda. A nossa liberdade deve ser o nosso objectivo fundamental, quando construímos um negócio.

Compreendo que isto seja uma volta de 180º em tudo aquilo que até hoje tomou como verdadeiro, mas peço-lhe que acompanhe o meu raciocínio. Se as operações do meu negócio necessitarem de mim, quem é que vai fazer o trabalho do Empresário? O trabalho estratégico? A preparação do crescimento do negócio? … Na minha opinião é exactamente por isto que a maior parte de nós, Empresários, trabalha demasiadas horas obtendo pobres resultados.


Compreenda a força da Alavancagem.

Alavancagem é a capacidade de produzir cada vez mais, com cada vez menos recursos. É a multiplicação da força que abre a porta do sucesso empresarial. Arquimedes disse que “com uma alavanca eu posso mover o mundo”. Aprenda também a fazer crescer o seu negócio, criando condições para que este seja cada vez mais produtivo. Como é que se consegue? Aplicando bem o seu tempo, trabalhando o negócio em vez de no negócio. Sendo eficiente ao nível do marketing, finanças, RH e uso da tecnologia. Aplicando sistemas a todos este níveis. Construindo, de facto, um negócio em vez de um emprego.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O Jogo dos Negócios

É muito mais fácil atingirmos a riqueza material, se passarmos antes pela riqueza de pensamento. Para atingirmos resultados válidos, há que ter práticas de qualidade e tudo isso começa na nossa forma de pensar, ou seja na nossa identidade. É por isso fundamental e se consideramos a actividade empresarial como uma possibilidade, desenvolver a mentalidade do sucesso.

Os Negócios são divertidos.

Se costuma jogar o jogo dos negócios, ou está a ponderar essa possibilidade, vou-me dar o direito de lhe dar 3 conselhos: - Aprenda as regras, acompanhe o resultado e divirta-se.
Muitas Empresários levam os negócios como questões de vida ou morte e acabam, por essa razão, a transformarem-nos nisso mesmo. Independentemente da razão que o leva ou levou a montar o seu próprio negócio, parece-me claro que todos temos a expectativa de que essa opção nos possibilite ter uma maior qualidade de vida. Todos nós, Empresários, gostaríamos de ganhar mais dinheiro, de ter mais tempo livre e mais liberdade. No entanto, a esmagadora maioria, cedo perde o controlo e em vez de jogar o jogo, são jogados por ele. E isto não tem sequer relação com o nosso nível de sucesso. Todos conhecemos prósperos empresários, que levam vidas miseráveis.
Há que saber relaxar. Num jogo é suposto divertirmo-nos.
Se decidimos jogar o jogo, temos de nos divertir enquanto o fazemos, caso contrário não vale a pena.

Trabalhe mais arduamente em si, que no seu trabalho.

James Rohn, um dos maiores pensadores contemporâneos do mundo dos negócios, costuma dizer que não devemos “desejar que a nossa vida seja mais fácil, mas sim ser nós próprio cada vez melhores”. A invés de esperarmos que o acaso ou o destino nos apareça com coisas boas numa bandeja de prata, o melhor é tomarmos consciência de que quanto melhores nos tornamos enquanto indivíduos, mais fácil tudo se torna à nossa volta. Rohn conclui ainda que devemos então “trabalhar ainda mais duro em nós mesmos, do que o fazemos nos nossos negócios”. Quando paramos de crescer, o nosso negócio pára também. Quanto melhores formos e mais bem preparados estivermos, tudo à nossa volta correrá melhor. A nossa vida torna-se mais bem sucedida, na directa proporção do nosso desenvolvimento pessoal.

Nos negócios o tempo é o seu activo mais valioso.

Porquê? Porque é o único não pode ser recuperado. Todos nós podemos perder muito dinheiro e alguns de nós podem recuperar todo o dinheiro antes perdido. Mas aquilo que nenhum de nós pode fazer é recuperar o tempo que perdemos anteriormente.
A noção de custo de oportunidade é uma das mais importantes nos negócios. No entanto poucos lhe dão a devida atenção. Vejo a esmagadora maioria dos Empresários a trabalhar demasiadas horas, com muito pouco retorno. Tomam as vendas a seu cuidado, preocupam-se com as operações, chegam a ocupar-se, eles próprios, da produção e tudo isto para reduzir custos. Não me interpretem mal. Sou o primeiro a reconhecer que controlar custos é fundamental, principalmente no início do negócio. Contudo, há uma altura em que é necessário dar o passo seguinte. É necessário crescer.
É nesta altura, que o empresário se tem de preocupar com a melhor forma de investir o seu tempo. É nessa altura que tem de deixar de dar tempo em troca de dinheiro e passar a dar dinheiro em troca de tempo. Começar a avaliar qual é o ROI (retorno sobre o investimento) do seu tempo e passar a investi-lo naquilo que tiver maior retorno. Acima de tudo e assim que possível, que cada minuto do tempo de cada Empresário passe a ser aplicado em coisas que só ele possa fazer, em coisas que de forma alguma possam ser delegadas.
A compreensão destes 3 aspectos só por si não nos garante o sucesso, mas aproximam-nos dos resultados desejados, se os juntarmos a outras valências de que temos vindo a falar e outras que abordaremos nas próximas intervenções.