terça-feira, 20 de março de 2012

A importância de desenhar a visão da sua empresa.



Em mais de três mil estudos sobre liderança, conclui-se que uma das características comuns dos líderes é a existência de uma visão. Se nos tornamos naquilo em que pensamos na maior parte do tempo, então os líderes pensam na sua visão e na forma de a realizar.
O Ph. D Edward Banfield, da Universidade de Harvard concluiu, ao fim de mais de 50 anos de investigação, que a existência de uma visão de longo prazo era o factor mais determinante do sucesso das organizações. O mesmo autor definiu esta capacidade como a de “projectar vários anos no futuro, enquanto se tomam decisões no presente”.
Todos os profissionais da gestão e estratégia empresarial parecem estar de acordo na ideia de que todas as empresas devem ter uma visão, como forma de lhe assegurar não só realizações importantes, mas também um futuro e uma direcção de longo prazo, enquanto lhes faculta uma identidade que as deve distinguir da sua concorrência.
Todos nós já ouvimos a expressão “construir castelos no ar”. Normalmente, a expressão é utilizada num sentido menos positivo. O sentido de que quem o faz não é realista ou tenta construir uma realidade não sustentada.
Do ponto de vista do planeamento estratégico e consequentemente da construção da nossa visão, é exactamente no ar que os castelos devem ser construídos, ainda que depois nos devamos preocupar em construir-lhes fundações muito sólidas.
Se formos pensar, em rigor é no ar que todos os castelos são construídos numa primeira fase. Ou seja, antes da sua construção física, todos os castelos tiveram antes uma construção mental. Primeiro foram concebidos na imaginação do seu arquitecto, que depois colocou as suas ideias no papel. Só depois de estarem concebidos desta forma é que foi possível passar aos planos de construção e, ainda mais tarde, à sua edificação propriamente dita.
A nossa visão deve traduzir, de uma forma abrangente, as nossas intenções e aspirações para o futuro. O seu papel é, essencialmente, inspirador e pretende empurrar-nos para os máximos níveis de realização profissional. Deve traduzir os nossos ideais de forma a alinhar a nossa acção diária.
Quando construímos a nossa visão devemos focar-nos na construção de um ideal. Para isso é fundamental eliminarmos todas as formas de censura dos nossos pensamentos de forma a podermos projectar um futuro perfeito. A partir daí devemos desenvolver um raciocínio do futuro para o presente.
Tenho um amigo que me costuma dizer que o gargalo (o estrangulamento) está no cimo da garrafa. Ou seja, o que normalmente nos impede de ir mais longe são os nossos pensamentos, o que se passa na nossa cabeça.

2 comentários:

Roberto Marchesoni disse...

Perfeita a colocação.
Assim fosse todos os empresários.
É muito bom ler matéria assim, faz com que pensamos melhor.

pvilhena disse...

Obrigado pelo comentário Roberto. Um abraço.