segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O ciclo de caixa


Embora fosse necessária uma grande patetice para lá chegar, segundo o sistema de contabilidade que nós temos seria teoricamente possível uma empresa fechar mesmo acumulando lucros operacionais. Porquê? Porque como já vimos não podemos pagar as nossas contas com lucros. Os nossos fornecedores exigem dinheiro. Se não fizermos um bom trabalho a converter os nossos lucros em dinheiro, não poderemos pagar as contas.
O ciclo de caixa mede-se então pelo número de dias que uma empresa leva desde a compra de uma mercadoria ou de uma matéria-prima para produção até ao dia em que recebe o dinheiro pela venda de um produto.
O ciclo de caixa é então composto por 3 ou 4 outros ciclos.
Vamos começar pelo ciclo de venda que é medido pelo número de dias que em média levamos desde que compramos uma mercadoria até a vender.
Em sobreposição com este ciclo, pode existir um ciclo de produção. Este ciclo é avaliado pelo número de dias que leva desde que se compra uma matéria-prima e se transforma a mesma até vender esse produto.
Depois temos um ciclo de entrega. Este ciclo é o número de dias que, em média, levamos desde que fazemos um venda até entregar.
O último ciclo que temos é o ciclo de recebimento. Este é o ciclo que mede, em média, quantos dias tardam desde que entregamos o nosso produto até recebermos o dinheiro da sua venda.
Pode conduzir a uma percepção errada da realidade comparar o ciclo de caixa de empresas de diferentes sectores de actividade. Porque cada indústria tem as suas características específicas e portanto as conclusões de tal comparação seriam limitadas. Mas quando comparamos empresas que actuam no mesmo mercado a comparação já é interessante.
Bastante interessante também perceber como a situação evolui, ao longo do tempo na mesma empresa. Ou seja se ela está a levar mais ou menos tempo a converter as suas vendas em dinheiro.
Quanto mais curto for o ciclo de caixa, maior a capacidade que a empresa demonstra em converter as suas vendas em dinheiro.

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