Lembro-me de ler na internet, aqui há muitos anos, um artigo
cujo o título, numa tradução livre, seria qualquer coisa como “Porque não
comemos pássaros Dodo no Natal”. Este artigo explicava que estes pássaros, uma
espécie de perus grandes, que viviam na ilha de Páscoa, eram amistosos, por não
conhecerem predadores e aproximavam-se das pessoas quando as viam. Quando nós
Portugueses chegámos à ilha e víamos aqueles passarões aproximarem-se
amistosamente, não é preciso pensar muito para perceber que rapidamente os
extinguimos.
O artigo seguia explicando que no caso dos perus bravos o
cenário é totalmente diferente. Porquê? Porque o peru bravo é um animal que
vive em pânico. Não só detecta uma ameaça extremamente longe, como tem a
capacidade de fugir, quer voando, quer correndo, extremamente rápido e por
entre as árvores. São, por isso, terrivelmente difíceis de caçar.
Isso faz com que os caçadores de perús bravos, estando munidos das tecnologias mais avançadas para atingir os seus objectivos, se possam considerar extremamente bem-sucedidos quando, por época, conseguem caçar 2 ou 3 destes animais.
A conclusão, orientada para o mundo dos negócios, era muito
simples. As empresas que não prestam atenção às ameaças, ou que as encaram com
negligência e descuido, não vão cá estar muito tempo. Pelo contrário, as que se
encontram bastante atentas e que dão atenção ao impacto que todos os desafios
poderão vir a ter no futuro são as que têm capacidade de responder ao que se
vai passando e, consequentemente, adaptarem-se optimizando as suas possibilidades
de serem bem sucedidas.
Os Empresários que se comportarem como perús bravos são os que cá vão estar muitos anos enquanto os pássaros dodo estarão inevitavelmente condenados.
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