Warren Buffet diz que a linguagem dos negócios é a contabilidade. Para quem está no mundo dos negócios será que é importante escutar o que nos diz o homem mais rico do mundo? Eu julgo que sim. Parece-me que ele ganhou a reputação necessária para que eu escute de cada vez que ele fala.
Pensem num desporto. Qualquer que seja... Se não conseguíssemos ler o resultado poderíamos perceber quem esta a ganhar? E poderíamos jogar o jogo? Seria difícil verdade? Para não dizer impossível...
Um dos maior problemas que nós Empresários temos é que, demasiadas vezes, não sabemos ler o marcador. E por isso tendemos a não olhar para ele. Como se fosse possível jogar o jogo sem o fazer...
Imagine que vai entrar num avião e o piloto está à porta, junto do comissário de bordo, a cumprimentar os passageiros que entram. De repente e mesmo quando o leitor vai a entrar, o piloto olha para dentro da cabine e diz “Uau! Olha para isto, tantos manómetros!!!” O que é que fazia? Fugia verdade!?!!... Não me parece que fosse boa ideia voar com um piloto que não soubesse ler os manómetros.
Nos negócios, tal como num avião, se não estivermos constantemente a gerar informação e a analisá-la, não temos como tomar decisões e utilizar ferramentas para manobrar. A maior parte dos empresários não tem manómetros e/ou não os sabe ler. E essa é uma das (fortes) razões para a estatística dramática de que 96% dos negócios não atingem sequer 10 anos de actividade.
Estamos muitas vezes sem combustível, na rota errada e a perder altitude. É apenas uma questão de tempo até nos espetarmos. E não percebemos isso até ser tarde demais...
Um exemplo que uso muitas vezes nos meus cursos é exactamente sobre a quantidade de manómetros que tem um avião. Porque tem uma avião tantos manómetros?... E a resposta é simples: porque voa! E se não tivermos tantos manómetros não o podemos voar em segurança. Depois pergunto quantos manómetros tem um triciclo... E a resposta é: nenhum! Porquê? Porque não anda nada e não há risco nenhum se não o conduzirmos em condições.
A minha conclusão é muito simples. Se queremos que o nosso negócio voe temos de gerar, interpretar e gerir o máximo de informação possível. É isso que nos permite tomar decisões sobre as ferramentas e estratégias a usar para que ele voe em segurança. Se não o fizermos não teremos mais do que um triciclo.
4 comentários:
Os manómetros que fala, são hoje conhecidos por Business Dashboard. Nós construímos Dashboard para qualquer tipo de negócio e sabemos ao segundo tudo que se passa e podemos comparar com o história e ver a tendência.
É um bom exemplo dos manómetros a que me refiro Armando.
Qto mais informação houver para se poder tomar decisões melhor.
Gostava de saber mais sobre o vosso trabalho...
Um abraço.
Concordo coma ideia geral do artigo, contudo e sempre necessário ter em conta a barreira entre o tempo dispendido em análises (ou a aprender a criar/interpretar) e o tempo dedicado à actividade profissional/comercial. Nesse contexto o serviço que o Armando Machado refere pode ser útil ou então, como hoje em dia as empresas são de certa forma obrigadas a ter um TOC contractado, porque não recorrer a esses profissionais para essas análises e esclarecimentos? Cada vez mais o mundo é de especialização e o tempo de um empresário "tocar todos os burros" já vai. É sem dúvida importante saber o essencial para compreender e gerir o negócio de cada um, mas não há uma necessidade absoluta de cada empresário/empreendedor comseguir realizar _todos_ os aspectos e vertentes da gestão do seu negócio.
Olá Xavier,
Compreendo a sua ideia.
A minha opinião é a de que não devemos confundir delegar com abdicar. Uma coisa será entregar o desempenho de uma tarefa a alguém e monitorizar a forma como é desempenhada. E isto é crítico para o crescimento do negócio.
Outra coisa é entregar essa tarefa e esperar que ela apareça feita, o que é o que mais frequentemente vamos nas empresas e que, quase sempre traz péssimos resultados.
Um abraço.
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