Somos normalmente ensinados desde pequenos que o nosso percurso na vida deve respeitar determinados parâmetros.
Por exemplo, no que se relaciona à nossa vida profissional, a maior parte de nós é ensinado a ir à escola, ser um bom aluno para depois arranjar um bom emprego. Nas Universidades a mesma ordem de ideias é seguida e somos levados a especializarmo-nos em determinadas áreas.
Mais tarde, no mercado de trabalho, somos ensinados a seguir instruções e aumentar o nosso nível de especialização, tornando-nos o melhor possível enquanto empregados, para dessa forma evoluir na carreira. A própria sociedade tem tendência para aumentar esta pressão, criando a ideia de que o modelo de bom cidadão será o de alguém com um bom nível de educação e com um bom emprego.
A questão é que, regra geral, aqueles que se especializam acabam por trabalhar para aqueles que lideram. E os que lideram são normalmente os generalistas.
A questão fundamental é que a sociedade está formatada para fazer de cada um de nós seguidores. O nosso próprio sistema de ensino, está desenhado dessa forma. Ao ensinarmos as pessoas a comportarem-se desta forma, estamos a criar um problema no que respeita ao Empreendedorismo. Quantos de nós estarão não só dispostos, mas também preparados, para montar as suas próprias empresas?
O nosso Empreendedorismo passa então, não só por desenvolvermos a mentalidade do sucesso, mas também as aprendizagens necessárias, para esse sucesso. Antes de esperarmos por resultados, temos de desenvolver as aprendizagens necessárias para chegar a esses resultados.
Como começar então?
Encontrar uma razão. Encontrar a nossa razão. O nosso porquê! Porque fazemos o que fazemos… Um motivo espiritual, mais importante que a nossa realidade material. Se encontramos o nosso porquê, todos os comos aparecem muito facilmente.
Compreender o poder da escolha. Uma das coisas que a vida tem de bom, é que todos os dias podemos fazer escolhas novas. Novos caminhos, novas estratégias e novas opções.
Perceber a importância da associação. O poder das redes de contactos, do networking. O mais importante de estar perto das pessoas certas é que as melhores oportunidades e aprendizagens estão junto destas pessoas.
Aprenda uma coisa de cada vez. Antes de dominar uma ferramenta, uma estratégia, ou uma aprendizagem, não passe para outra. Não tente fazer tudo ao mesmo tempo. Nós tornamo-nos naquilo que aprendemos, pelo que é importante aprender bem.
Rodeie-se de bons profissionais dos seus Fornecedores, aos seus Colaboradores. A informação não tem preço. Trabalhar com bons Advogados, bons Contabilistas, bons Brokers, etc. pode sair mais caro, mas trará seguramente o retorno.
Não gaste em bens de consumo, o retorno do seu negócio. Quantas vezes vemos Empresários, a quem as coisas até correm bem numa fase inicial, a gastar uma parte importante do dinheiro que ganham? O dinheiro feito no nosso negócio deve ser investido em activos geradores de rendimentos. Aquilo que devemos consumir, não deve ser mais do que o gerado por esses activos. Primeiro faça dinheiro, depois invista esse dinheiro e aí sim compre os seus brinquedos. Este será o caminho para a riqueza.
Domine os benefícios da modelagem. Tenha bem claro quem são os seus modelos. Os seus heróis. Siga o caminho daqueles que admira e terá boas probabilidades de ter resultados semelhantes.
Entenda que o derradeiro segredo do sucesso é a acção. Saber é fundamental, mas não é suficiente. O que fazemos com aquilo que sabemos é ainda mais importante. Procure novas ideias e aja.
Por último, conheça o poder de dar. Se quiser dinheiro, dê dinheiro. Se quiser vendas, procure ajudar alguém a vender. Ensine a vender. Se quiser contactos, dê-os primeiro a outros que também precisem.
A reciprocidade é quase mágica. Se damos aquilo que mais queremos, receberemos isso mesmo em quantidades ainda maiores. Com frequência, apenas o processo de pensar a forma de dar aquilo que procuramos, liberta uma corrente de retorno.
Ensine e receberá. Se quer aprender sobre sucesso dinheiro e negócios comece por partilhar aquilo que já sabe.
1 comentário:
A sociedade e o nosso sistema de educação está na realidade pensado e estruturado para formar seguidores. Todos nós ao sair da escola ou da universidade simplesmente procuramos um emprego numa empresa que nos dê trabalho, rendimento e segurança.
Na maioria da vezes quem resolve enveredar pelo seu próprio negócio são pessoas de cariz técnico que têm um “ataque de empreendedorismo”, motivados pela insatisfação com a chefia ou com a empresa onde trabalham ou pela simples vontade de serem patrões deles próprios.
Poucos são os que decidem tornar-se empreendedores pelos motivos certos, e sobretudo, poucos são os que se preparam de antemão para os desafios que esta opção encerra – o sucesso fica seguramente comprometido…
Parece-me no entanto que sopram ventos de mudança pois vejo cada vez mais Universidades preocupadas com este assunto e a delinearem estratégias na área do empreendedorismo de forma a promoverem:
• O estímulo de uma cultura empreendedora no país e na universidade;
• A formação na área de empreendedorismo;
• A transferência de tecnologia da universidade para o mercado
Sei que no meu tempo de Universidade este assunto não era abordado. Espero por isso que os sinais que vejo sejam um forte indício desta mudança de cultura.
A criação das condições ideais ao fomento do empreendedorismo ajudará os jovens portugueses a descobrir a sua vocação de empreendedores e a realizar objectivos de vida mais ambiciosos, podendo desta maneira contribuir para uma sociedade mais rica e abundante para todos.
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