Cada vez mais ouço os empresários queixarem-se dos resultados. As vendas estão em baixo, as margens estão espremidas e o cash flow começa a ser muito escasso. Simplesmente não vêem oportunidades e estão muito cépticos em relação ao futuro.
Mas o que me parece verdadeiramente preocupante, é que falam como se, neste cenário, não houvesse possibilidades de gerarem frutos da sua actividade... Como se as dificuldades fossem incontornáveis!
O desafio que lhes deixo, independentemente do sector em que se encontrem, é de que analisem o que se passa nessa indústria e que confirmem se nenhum dos outros players está a crescer. E a resposta acaba por ser, sempre, a confirmação de que afinal há uma ou outra excepção.
O que estou a tentar dizer com isto é que, na esmagadora maioria das vezes, os desafios são essencialmente originados pela gestão e não pela conjuntura. Como dizia um amigo meu “O sucesso raramente é originado pelo cavalo. É o jockey quem ganha as corridas!”
O jogo dos negócios é um jogo intelectual, como o xadrez. Os empresários que o jogam com as emoções, o coração e o estômago acabam arrasados.
Adquirir as competências para compreender como se joga o jogo, como as actividades se convertem no resultado e como se podem afinar as actividades para que o resultado melhore, produzindo mais vendas, lucro e cash flow, serão os aspectos críticos para se ganhar o jogo.
Os factos não deixam de existir porque nós os desconhecemos. São exactamente as coisas que desconhecemos, que nos podem custar mais do que uma fortuna.
E é exactamente porque poucos empresários as conhecem, que os poucos que nisso investem, acabam por desenvolver vantagens competitivas muito significativas. São essas vantagens competitivas que lhes permitem, nas conjunturas mais difíceis, conquistar expressivas quotas de mercado aos seus concorrentes.